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sexta-feira, 7 de junho de 2013

6 anos de pipoquinhas

Foi há 6 anos, no dia 6 de Junho de 2007 que a minha vida mudou radicalmente. Foi o dia mais feliz da minha vida e o mais assustador ao mesmo tempo.Não pelos meus filhos que felizmente nasceram saudáveis e como se quer mas por mim, que tive uma hemorragia pós parto que me ia levando desta para melhor. E o meu maior medo não era por mim, era por ter tido, por breves momentos a sensação que podia morrer sem nunca sequer ter pegado neles ao colo. Foi uma sensação indescritível. A pior sensação que alguma vez eu tinha sentido. Chorei, gritei, desmaiei e quando acordei voltei a chorar e a gritar pelos meus filhos. Que queria vê-los, que queria tocar-lhes e nem tocar-lhes na pele me deixavam... Pudera, eu estava literalmente a esvair-me em sangue. Acho que nunca tinha descrito esta sensação. Aliás, o escrever não faz jus ao que senti. É uma sensação que nunca mais quero voltar a ter.

Adiante e depois do susto passado e depois de dias muito dificeis para mim pois tinha perdido muito sangue estava com uma anemia brutal, devagarinho fui-me adaptando à minha nova condição de mãe especial. Mãe de gémeos!

O 1º ano foi o ano mais cansativo da minha vida. Noites mal dormidas com cólicas e birras que pareciam não ter fim, caos completo e absolutamente tempo nenhum para nada. Valeu-nos a preciosa ajuda dos nossos pais que juntos permitiam-nos dar uma folguinha de vez em quando para dormirmos uma noite seguida.

Os 3 primeiros anos, apesar de na altura terem parecido 3 longos anos, passaram a correr. Quando olho para trás, fico com uma sensação esquisita de como quando estamos tão desejosos que aquela altura passe que nem apreciamos o que de bom temos. Olho para fotografias e não me lembro deles com aquela idade. Dou por mim a pensar... Eles eram tão lindos e tão fofinhos e eu nem me apercebi disso. Aperceber, apercebi sim mas o meu desejo de que aquela fase passasse era tão grande que também essa recordação passou num instante. 

Por volta dos 4 anos a coisa começou a compor-se e a acalmar. Aos poucos, voltámos a olhar para nós, a apreciarmos a vida e o que nos rodeava. Também passámos alguns maus momentos com a entrada na escola, também eles muito dolorosos mas comparado com as dificuldades dos primeiros tempos era peanuts.

Agora com 6 anos, tenho autenticos homenzinhos. É talvez das fases mais giras até agora. Uma fase em que já são nossos companheiros, amigos. Já conseguimos conversar com eles e fazer tudo (ou quase tudo) o que faziamos antigamente, sem grandes stresses. São vaidosos, lindos de morrer e super simpaticos. Espertos como tudo. Às vezes até demais. Ao contrário das outras idades eu espero que esta fase demore a passar. Não tarda estão no 1º ano da escola. Quem diria?

É nesta fase que eu penso o quanto perco por não conseguir aproveitar esta idade com eles. Gostava de ter muito mais tempo do que aquele que tenho.

Ontem tirei um dia de ferias para estar com eles no dia de aniversário e foi dos dias mais giros dos ultimos tempos e em que não fizemos nada de especial. Estivemos apenas a aproveitar estar com eles no dia de anos em dia de semana com um tempo que não ajudou nada a festa.

Mas deu para brincarmos, rirmos, jogarmos raquetes, jogarmos voley, comermos gelados, comermos bolo, corrermos e divertimo-nos à grande.

Claro que se tivéssemos todos os dias para fazer isto se calhar não tínhamos aproveitado tão bem e o mal é esse. Mas foi bom. FOI MUITO BOM!!!!

E assim se passaram 6 anos... a voar literalmente. Amo-vos de uma maneira que é impossível explicar. Só quem é mãe sente verdadeiramente um amor igual pelos seus. Muitos parabéns meus amores que sejam MUITO FELIZES SEMPRE!

terça-feira, 16 de abril de 2013

De coração cheio :)

Hoje fiz uma coisa que só tenho pena de não poder fazer mais vezes. Passo a explicar. A sala azul dos meus filhos foi convidada pela sala amarela também da pré para uma futebolada a sério. No campo de futebol da escola. Uma coisa a sério mesmo, com árbitro, treinos, tudo. Andaram umas 3 semanas entusiasmadissimos. Isto porque futebol é a vida deles e desde que os comecei a senti-los na minha barriga que andam a treinar pontapés. Lá em casa é futebol em todo o lado, no corredor, na sala, no jardim... onde calha. No domingo fomos a um baptizado e depois do jantar demos com eles mais o primo a jogar futebol no restaurante com um coelho de peluche pois não havia bola. Está tudo dito, portanto. E hoje foi o grande dia. O dia do Derby. Sala Azul contra Sala Amarela. Fiquei entusiasmadissima quando me disseram a hora que era. 13 horas. Eu, que quase nunca consigo ir à escola pois é o pai que os leva e vai buscar, tenho de aproveitar todas as desculpas para enfiar o nariz na escola. Tenho tanta inveja do pai e de algumas mães que conseguem ter horarios para poderem estar mais presentes na escola. Se calhar essas mães nem sabem a sorte que têm. Mas adiante. 13 horas e lá fui eu. Máquina fotográfica em punho e o JP de maquina de filmar. Eramos os unicos pais lá a dar força a equipa mas não fazia mal nenhum. O importante foi que consegui ir e estar presente no 1º jogo de futebol a sério dos meus benfiquistas. Os miudos estavam equipados a rigor, cada um com o seu equipamento de futebol preferido. As meninas que não jogavam faziam claque com ponpons e cantavam "Força sala azul" e "ninguém para a sala azul", enquanto esticavam o cartaz e bailavam os ponpons. Os da sala amarela tentavam, mas a sala azul estava ali para ganhar! Dizia a educadora, o importante não é ganhar é participar! E eles respondiam, mas nós vamos ganhar porque somos a sala azul. haja confiança. Por outro lado, a sala amarela, apesar de ter sido ela a impulsionadora, dizia. Vamos perder. A sala azul é a melhor. A educadora bem lhes incentivava mas a convicção de que iam perder era generalizada. 

O jogo começou e nem tinha passado 1 minuto quando começaram os golos. Da sala Azul obviamente. 1-2-3-4-5-6-7-8 GOLOS a ZERO!!!! Já na segunda parte, toda a escola vibrava com a sala azul e tinham mesmo vindo outras salas do 1º ciclo aplaudir o jogo, o árbitro resolve marcar um penalti para a equipa amarela. Eu acho que ali, todos torceram para que a equipa da sala amarela marcasse um golo, o golo da consolação. Mas... Não! A equipa da sala amarela falha o penalti e o jogo acaba uns segundos depois, não sem antes a única menina da sala Azul a jogar ter marcado o 9-0! É caso para dizer! GRANDE SALA AZUL!!!!  Parece que os melhores jogadores se juntaram todos na mesma turma. E não eram só os meus a jogar MUITO bem. Havia lá outros dois meninos que sim senhor. Dá gosto ver. 

E assim se passou a minha hora de almoço. Engoli uma sopa a correr e um folhado e corri para o trabalho. Corri para o trabalho mas de coração cheio por ter podido participar numa actividade destas no colégio deles. Venham os proximos!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Varicela em dose dupla

Eu pedi! Pedi tantas vezes para eles terem varicela que houve um dia em que me fizeram a vontade. Foi há 3 semanas, num sábado que, depois de tomarmos o pequeno almoço, o pai vai por um jogo da PSP e olha para o Diogo. "Rita, anda cá, o Diogo está cheio de borbulhas!!!" Eu sabia que a varicela andava na escola deles e na sala deles, mas se havia alturas em que estava preparada psicologicamente para esta doença, esta não era uma das alturas. Logo nesse fim de semana que eu tinha previsto trabalhar TODO o fim de semana. Logo nesta semana em que eu TINHA de apresentar contas para fechar o ano. Really? Havia pior altura em termos de trabalho? Sinceramente, não me recordo de pior altura para isto acontecer. Levei o Diogo ao médico e confirmado o diagnóstico, sentença de pelo menos 1 semana em casa! Comecei a rezar a todos os santinhos para que o Tiago também apanhasse e de preferencia que logo logo aparecessem as primeiras borbulhas. Já que era para estragar 1 semana que estragassem logo os dois de uma vez. Pela primeira vez demos autorização a eles para se beijarem e lambuzarem-se um ao outro. Eles... felicissimos. O Diogo felicissimo por ter varicela, uma vez que os amiguinhos já tinham tido todos. O Tiago feliz por o irmão ter porque isso era sinal que daí a uns dias também ele ficaria com varicela e assim poderiam todos comparar as mazelas decorrentes da varicela, como se de cicatrizes de guerra se tratassem.

O JP foi absolutamente fantástico nesta semana em que estive a trabalhar que nem uma moura com o Diogo doente. Os avós por azar não conseguiram dar apoio nenhum por motivos de saude, consultas médicas e afins e ele, sozinho deu conta do recado. Obviamente que contribui com o que pude. Era eu que dava os banhos de maizena matinais de fim de tarde, e pintalgava as minhentas borbulhas com betadine. E tentava conciliar o meu trabalho com o dele, trabalhando muitas das vezes em casa à noite para poder chegar mais tarde ao trabalho no dia seguinte. Não foi facil. Mesmo. E o maior problema é que isto era só a primeira rodada. Faltava o Tiago que não havia meio de ter. Quando finalmente o Diogo começou a ficar bom, teve uma recaída não se sabe bem como nem porquê, com um febrão de quase 40 graus. Nova ida ao médico, antibiótico não sei bem porquê e mais uns dias sem ir à escola. O Tiago, que entretanto já tinhamos pensado que não era desta vez ainda que ia ter varicela, por sua vez apanhou uma virose de gastroentrite com dor de barriga e febre. Fantástico! 2 semanas de molho. Finalmente na sexta feira voltaram os dois à escola. Pensámos nós, será que agora vai normalizar? E eu pensava. Tu queres ver que o Diogo apanhou-me o fecho do ano e o Tiago vai apanhar-me o fecho do mês aqui na empresa? Bem dito, bem certo. Este domingo, quando acorda eis que despontam as primeiras borbulhas da varicela. Mais uma vez numa altura fantástica para mim, para não dizer o contrário. Mas pronto. Tudo isto serviu para eu aprender mais umas lições que merecem um post só para elas. Agora, ainda me faltam mais uns dias de molho com o Tiago em casa e agora rezo para depois desta, tudo volte a estabilizar. Varicela, never again!!!!!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Conversas entre Gémeos #2

O Passos Coelho e o Carnaval pelos olhos dos Twins

Diogo: Mamã já compraste os fatos do Carnaval?
Tiago: (sem me deixar responder) Não. A mamã não comprou porque ainda não tinha dinheiro para comprar.
Diogo: Ah pois é. Por causa do Passos Coelhos não é?
Tiago: Sim. Deviamos era ir roubar o Passos Coelhos.
Diogo: Não podiamos não. Porque senão eramos ladrões, como o Passos Coelhos.
Tiago: Ah pois é. Devia era estar na prisão.

Ora nem mais. Com 5 aninhos e já a sabem toda. :) Esta foi a conversa entre eles na cama antes de irem dormir, comigo sentada no meio das camas sem abrir a boca. Ou melhor, de boca aberta com a conversa deles. E não se esqueceram que o ano passado o Passos Coelhos como eles o chamam não deixou brincar ao Carnaval, o malandro. Já perguntaram se este ano ia haver Carnaval. Passos Coelhos tu põe-te a pau. Estás a brincar com o futuro dos nossos filhos!!!!!


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vida dificil

Vida difícil esta de uma mãe de gémeos. Aliás, de qualquer mãe que tenha 2 ou mais pirralhos doentes. Porque quando é só um também é chato para caraças mas sempre vai dando para intercalar dormidas com o pai e com a mãe e assim, pelo menos dia sim dia não um dos pais consegue dormir alguma coisa de jeito. Com dois ou mais não é bem assim. Mesmo com um pai fantástico que acorde todas as noites tal como a mãe, que ceda o seu lugar na cama a um dos pirralhas enquanto a mãe fica com outro, que trate de um enquanto a mãe trata de outro a meio da noite, as noites essas podem ser intermináveis acabando na maioria das vezes com pai e mãe feitos zombies pela casa durante a noite e depois durante o dia. Trabalhar então, no dia seguinte com algum rendimento é uma missão impossível. Por mais que gostemos do que fazemos os nossos olhos precisam de palitos para se concentrarem a frente do computador. Esta noite foi pior ainda. O pai deve ter tomado uns drunfos para dormir pois a casa podia ter ido abaixo que ele não acordava. As 2 da manhã o D dá-lhe um ataque de tosse daqueles valentes (desde domingo que anda assim, a tossir de 30 em 30 segundos). Levanto-me meio estremunhada, pois tinha acabado de fechar os olhos e vou ver o que se passa. dou água, ponho soro, assoa-se e a tosse continua, a um ritmo impressionante. Faço-lhe umas massagens no peito com mustela (ontem tinha dado resultado) e sento-me na cama dele embalando-o para ver se conseguia adormecer e assim acabar com a maldita tosse. Nisto, o T acorda também. Quer-se assoar. toca de pôr soro e assoar. Quer água. Toca de beber água. Volta-se a deitar e volto-me a sentar na cabeceira do D a apelar a que a tosse alivie. 3 da manhã. Desisto. Dou-lhe um beijinho e digo-lhe que me vou deitar um bocadinho. D diz que sim, que posso ir. Deito-me e a tosse no quarto ao lado continua, frenética e mais ativa que nunca. Começa a dar-me o nervoso miudinho, viro-me na cama, para um lado e para o outro. Levanto-me. 5 da manhã. Devo ter dormido alguma coisa penso eu. Mas a tosse lá dentro continua, tal como a tinha deixado. Vou procurar o mel, supostamente na dispensa. Não encontro. Começa a dar-me umas cenas na espinha e umas vontades arrebatadores de espetar tudo no meio do chão. Controlo-me. Volto para o quarto deles. Dou água ao D. Ponho soro. Assoa-se. Dou-lhe o xarope da tosse. Sento-me. Pede-me colo. Vai para o meu colo e enrola-se em mim como quando era bebé. Não fosse serem quase 6 da manhã e estar a tossir como um louco seria um momento de pura ternura. Embalo-o. Nem sei quanto tempo. Pede-me para se voltar a deitar e... finalmente, como que por pura magia, a tosse para. Volto para a cama. O pai tinha ocupado o meu lugar. Empurro-o com as poucas forças que me restam. Surpreendentemente continuou a dormir como se tivesse sido a noite mais tranquila de todas. Aprecio o silencio. Adormeço. “Mamã!!!!!!!” Olho para o relógio. São 7:30 da manhã. Era o T. Acordou. Quer assoar-se. Assoa-se e quando vai para se voltar a deitar digo-lhe:
 Vá levanta-te agora e vai para cama do pai que eu quero dormir.
 Mas eu quero dormir aqui na minha cama.
 Não. Vais dormir com o papá agora que daqui a pouco queres acordar e eu QUERO DORMIR.
Aceita. Levo-o para a nossa cama e nessa altura... O pai acorda.
Que é que se passa aqui?
O que se passa é que eu QUERO DORMIR.
Vou para o quarto dos miúdos, deito-me na cama do T e rezo. Rezo para poder dormir 2 horinhas pelo menos. Consegui. As 9:30 acordou o D e acabou-se o descanso. Ufa..... detesto doenças, detesto tosses!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Conversas sobre gémeos

Ontem foi dia de palestra na escola dos meus miúdos. O tema era conversas sobre gémeos e fui convidada para apresentar lá o meu livro. Fiquei felicíssima como devem calcular, não só pela oportunidade que me foi dada de divulgar o meu livro como também de conversar com outras mães de gémeos que é algo que fazemos sempre com muito gosto e faz com que o tempo voe.

A conversa foi animadíssima, com imensas partilhas e opiniões, todas diferentes, algumas iguais, umas radicais, outras nem tanto, mas todas com a convicção de que fazíamos sempre o que era melhor para os nossos filhos. No fundo, apesar de todas partilharmos em comum o fato de termos filhos gémeos, sabemos que os gémeos não são todos iguais e por isso a forma como os tratamos deve ir ao encontro das suas personalidades. 

Foi 1 hora e meia (quase 2 horas) que voaram literalmente e quando cheguei a casa já tinha o meu marido de rolo na massa pronto a arrear-me por me ter atrasado meia hora além do previsto. Ninguém lhe manda pedir-me a mim, que não sabia a que horas chegava (apenas tinha a previsão de término), para comprar frango para o jantar. Bom, estou a ser mazinha, o que o chateou mesmo calculo eu foi eu não ter visto as 2 SMS a perguntar se demorava muito para acabar. Mea culpa, mas quando me ponho a falar de gémeos perco a noção do tempo. Mi amore, perdóname!

Fora isso, correu tudo maravilhosamente bem. Como soube bem aquela conversa!!! No final, ainda vendi mais uns livrinhos autografados que espero que façam as delicias destas mamãs! Já soube que uma não resistiu e ficou a ler o livro Sim!!! São Gémeos!!! até ás 2 da manhã!!! 

Venham mais conversas destas... prometo que da próxima deixo mesmo o jantarinho todo pronto... só não prometo que esteja quentinho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Casar ou talvez não - se nos deixarem...


Eu e o pai não somos casados. Ou melhor. Já fomos e por isso, como costumamos dizer, somos casados pelo coração. Não quer dizer que se calhar, quem sabe um dia, não casemos no papel também. De vez em quando falamos nisso. O problema está quando, assim naquela da palhaçada, perguntamos aos nossos filhos se gostariam que a mãe e o pai se casassem. Sim. Eles sabem que não somos casados porque já andaram a perguntar pelas fotos do casamento uma vez que, já viram as dos avós todos e não viram as nossas. Não sei que raio passará naquelas cabecinhas, mas para eles, o casamento deve ser um bicho papão com certeza pois fogem dele a sete pés. Uma vez, na minha tentativa de aprofundar a aversão deles ao casamento, disseram-me que uma amiguinha da escola já tinha ido a um e horror dos horrores, o casamento foi uma seca, demorou até à noite. E depois ainda por cima, os noivos foram viajar. Que horror! Ora, sabendo eu que eles são uns moços caseiros e que gostam muito pouco de ficar sem os papás, nem um fim de semana, quanto mais uma semana inteira, vi logo que havia aqui coisa. O certo é que já lhes expliquei o que era o casamento, tentei propor um casamento no jardim, uma lua de mel a 4, enfim... dão mais trabalho a convencer que eu sei lá. A resposta é Não! Não! Não! Diz o pai: Mas nós não precisamos da aprovação deles pois não? E eu: Não. Claro que não. Mas faz-me confusão o que vai na cabecinha deles que queres? E não... não são ciúmes meus. Só se forem do pai porque eles são apaixonadíssimos pelo pai (pronto está bem, por mim também. Mas não mostram!!! - homens!) Mas eu acho que não é nada disso. Tenho de pensar numa forma de lhes contar uma historia de um casamento muito gira, assim com power rangers e gormitis para ver se eles entendem o conceito.

Diriam uns: espertos os moços einh... visionários... para quê estragar o que está bom? Bem... isto dava um outro tema de outra história que quem sabe um dia me ponho aqui a debitar.

Já agora, alguém quer opinar acerca dos reais motivos dos meus filhos serem avessos ao casório?

domingo, 6 de janeiro de 2013

Voltar a ter uma vida

Juntar 8 crianças com idades compreendidas entre 3 e 7 anos, numa mesa à parte num restaurante num almoço de aniversário de adultos parece à 1ª vista uma ideia um tanto ou quanto demasiado arriscada. Foi isso que pensámos quando alguém deu a ideia: e se os miúdos ficassem todos juntos na mesa e os adultos à parte? Torcemos o nariz, entreolhamo-nos, franzimos as sobrancelhas, mas foi unanime. Why not? O mais que pode acontecer é termos de trocar todos de lugar ou passarmos o almoço a controlar-lhes a comida, os pratos, os copos, os talheres, etc. Assim foi, miúdos para um lado e adultos para o outro e seja o que Deus quiser. Como o almoço era Buffet, um Brunch absolutamente delicioso no restaurante Hemingway na marina de Cascais, depois de sentarmos os miúdos na mesa, fomos buscar as sopas. Distribuímos as 8 sopas e ficámos como tontas a vê-los comer, entre gargalhadas, piadas, brincadeiras. Comiam a sopa de uma maneira que acho que nenhuma de nós tinha visto comer. Talvez se sentissem como na escola. Demos por nós, em vez de nos sentarmos no nosso lugar a desfrutar o almoço, em pé de boca aberta a olhar para eles, até que alguém reparou e nos chamou para a realidade. Afinal, tínhamos posto os miúdos sozinhos para ficarmos a babar-nos e a olhar para eles a comer?
Sentámo-nos nos nossos lugares, servimo-nos das iguarias que nos apresentavam, conversamos, rimos, como há muito tempo não conseguíamos fazer, pelo menos nos almoços em que levávamos os miúdos. Os miúdos esses, comeram tudo, raparam pratos numa animada conversa de crianças e depois foram brincar todos no terraço do restaurante, à nossa vista, sem chatearem, sem pedincharem, no fundo a curtirem a companhia uns dos outros tal como nós adultos o fazíamos. Dizia a minha amiga P. De repente apercebi-me que já conseguimos ir a um restaurante todos e passarmos a tarde literalmente na conversa sem preocupações. É realmente uma viragem nas nossas vidas. Algures no tempo, os nossos bebés cresceram. E aos poucos as nossas vidas vão retomando... diferentes, mais preenchidas, mas voltamos a ter uma vida. É tão bom sentir isso!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Parecidos ou talvez não

Hoje vinha no carro a ouvir rádio e um dos temas era a forma como as pessoas conseguiam olhar para bebés recém nascidos e tirar logo as parecenças, dizer que ah e tal é tão parecido com o pai ou com a mãe. Ora lá está uma coisa que sempre me tirou do sério. Talvez por eu própria fazer parte daquele grupo de pessoas péssima a tirar parecenças. Uma criança tem mesmo de ser a cara chapada de alguém, mas assim uma coisa para até um cego poder afirmar, para eu também poder dizer, sim de fato é parecido com a mãe... ou com o pai... ou com o tio... Também faço parte daquelas pessoas que achava (até os meus filhos nascerem) que todos os bebés eram iguais e, de um modo geral feios (continuo a achar isso e as pessoas que me perdoem mas os meus bebés foram a exceção pois eram lindos de morrer logo à nascença). Ora, na verdade, até hoje e os meus miúdos contam hoje com 5 anos, eu não sou capaz de dizer com quem eles são parecidos. E o curioso é que toda a gente mas toda a gente mesmo, dizia. Ai que giros, são a cara chapada do pai. Francamente, sim são giros e eu também acho o pai giro, mas quando nasceram a única coisa que tinham em comum era... os 3 serem carecas! Mais tarde, se calhar por verem que eu ficava com cara de parva com estas afirmações e pensando que seria por ter inveja deles serem TÃO parecidos com o pai, lá diziam... "mas têm os teus olhos". Ehhhhhhh... Têm a COR dos meus olhos! Que bom!!!! YUPI!!!!!! Really????

Sinceramente ou eu sou mesmo cegueta ou a única pessoa com quem eles são parecidos, são um com o outro e mesmo assim, nós pais conseguimos sempre encontrar diferenças, seja a pinta no nariz que o Diogo tem e o Tiago não, seja a forma de falar ou a expressão. Se já nos enganámos e os confundimos? SIM!!!! Confesso que sim, principalmente em fotografias em que eles insistem em fazer a mesma cara. Mas isso é normal. Afinal eles são gémeos monozigóticos, idênticos!!!!

domingo, 30 de dezembro de 2012

A Bela e o Montro in Campo Pequeno

Ontem fomos ver o espectaculo no gelo, a Bela e o Monstro no Campo Pequeno. Eu sou suspeita porque ADORO ver patinagem artistica. Quando era miuda, adorava ver os campeonatos de patinagem artistica, fosse a pares ou individuais. Acho lindissimo e fico com imensa pena de nunca ter aprendido a patinar no gelo. Quando o JP propôs irmos ver a Bela e o Monstro nem hesitei.
 
Não fazia ideia de como seria, mas calculei que os miudos também gostassem, pois afinal era uma historia relativamente bem conhecida deles.
 
Devo dizer que pessoalmente achei a Bela e o Montro um espectaculo lindo. Cheio de cor e musica, com movimentos mágicos que só se conseguem a patinar. Teve para mim um defeito. O voz off não estava devidamente sincronizado com o bailado e muitas vezes os bailarinos apresentavam uma cena que não se percebia bem o que queria dizer. Só depois, o voz off contava a parte da historia que correspondia ao bailado que tinhamos acabado de ver. Se calhar se tivesse sido ao contrário poderia ter sido melhor. Também resumiu demasiado a historia, devia ter intervido mais vezes. Os meus miudos, do alto dos seus 5 anos e meio, passaram o bailado a perguntar-me o que estavam a fazer, onde é que estava o monstro, quem era a Bela, quem eram os outros personagens, porque não percebiam e confesso que até eu própria houve partes que demorei a entender o que significavam. Isto não retira a beleza do que se está a ver e por isso mesmo, ainda que com estes pequenos defeitos, os miudos gostaram imenso de ver o bailado no gelo.
 
E eu continuo com imensa vontade de me aventurar na patinagem no gelo. Mas ainda não vai ser este ano! :)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

As crianças e o cocó

Hoje os meus dois baixinhos mais o pai foram fazer uma visita a quem trabalha fora de casa, ou seja, eu. Combinaram vir almoçar comigo e eu agradeci pois há lá coisa melhor para me tirar do tédio do trabalho que ir almoçar com as pessoas mais importantes da minha vida. Eram 12:45, o pai liga-me desperado. "O Diogo diz que vai vomitar e tem de ir fazer cocó porque está quase a vomitar". Ora pois que os meus filhos são pessoas que já se vê que adoram andar de carro, certo? Um pequeno trajecto de 30Kms dá para enjoarem e doer a barriga. O Diogo sai do carro e vai fazer cocó no meu trabalho. Sai de lá todo feliz e muito mais bem disposto exclamando ainda bem que já chegámos... ufff. Chegamos ao centro comercial e vamos almoçar. A meio do almoço é o Tiago que lhe doi a barriga, Pedimos para aguentar que agora está a meio do almoço e não dá para irmos à casa de banho. Ele aguenta e quando saimos do restaurante, esquece-se até... entrarmos numa loja... e noutra. Então ele lembra-se. Ai que me doi tanto a barriga. Não aguento mais,,,, Estou quase a fazer cocó!!!! Lá pego eu nele e vamos à procura da casa de banho. Quando saimos da casa de banho, acabou-se a minha hora de almoço. Mesmo assim, ainda deu para comprar uma camisolita na Maximo Dutti para a passagem de ano, ir aos correios levantar um vale postal e comprar sacos para o cocó do Toby. E isto faz parte de sermos pais (e donos de um cão)... :)  É visitar todas as casas de banho de todos os sitios onde vamos e o cocó estar presente em todo o lado. E assim se passou 1h30 de almoço.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Natal em nossa casa

Desde que engravidei dos meus rapazinhos, que ficou estabelecido não sei por quem que o Natal passaria a ser em nossa casa. E se por um lado é muito melhor ser em nossa casa pois não estamos preocupados com o que bebemos e carregados de prendas de um lado para o outro, por outro lado é extramente cansativo. Ele é subir e descer escadas com cadeiras e comida pois o Natal é no 1º andar e a cozinha é no r/c. Ele é fazer sobremesas, arranjar a sala, comprar bebidas, fazer entradas. É fazer maquinas de loiça umas atrás das outras, limpar o chão uma, duas, três vezes. E quando parece que já acabou vem o day after, com mais comida, mais maquinas, mais esfregonas. Uma quantidade inexplicável de sacos com papel rasgado, brinquedos espalhados pela sala do 1ºandar, pelo corredor do r/c, pelo quarto da brincadeira. Uff. Uma canseira.
 
Mas este trabalho todo é compensado pelos olhos das nossas crianças completamente fascinadas com tudo o que acabaram de receber.
 
Tudo é compensado quando no day after um deles nos diz: Mamã gostei TANTO das prendas que os papás, avós e tios deram! Ainda eles não tinham visto as prendas do Pai Natal que este ano cá em casa só apareceu quando os meninos já estavam a dormir e deixou as prendas ao pé do sapatinho.
 
Sim. É cansativo mas ainda assim, eu ADORO o Natal cá em casa e no que me diz respeito, assim irá continuar a ser até me deixarem. Diz o JP, para o ano contratamos um empregado para vir passar o Natal connosco e assim deixamos de ter este trabalho todo e podemos finalmente usufruir do Natal sem nos cansarmos. Era bom era... Tenho cá para mim que ele anda a ver telenovelas a mais... :) 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Quem manda em quem?

O Diogo diz que manda no Tiago.

O Tiago diz que sim...

Mas nós sabemos que não é bem assim...

Que lindo que deve ser ter um irmão gémeo!!!!

Conversas entre gémeos #1

D - Mamã, o Pai Natal existe?
Eu - Existe pois. Tu sabes. Vive no Polo Norte!
D- Mas o ano passado quem foi lá a casa vestido de Pai Natal foi o Hugo!
T- Não foi nada! Foi o Pai Natal a serio!!!!
D- Foi o Hugo! Não ves que tinha cabelo castanho!
T- Mas tinha barba. O Hugo não tem barba! Era o Pai Natal sim!
D- Não era nada, pois trazia botas.
T- Não sabes que o Hugo estava na casa de banho?!
D- Ai estava???!!! Mas depois vestiu-se de Pai Natal!
T- Achas que sim? Achas que o Pai Natal foi a casa de banho e deu o fato ao Hugo!!!
D- Mamã, era o Hugo não era?
Eu- Não era nada. O Hugo estava na casa de banho.
D- Mas eu sei que era o Hugo. Eu sei que o Pai Natal existe. É um senhor velhinho. Mas aquele era o Hugo!!!
 
E a conversa continuou com o Tiago a afirmar que aquele que lá tinha ido a casa o ano passado era o Pai Natal de verdade e o Diogo (esperto que nem um alho) a jurar a pés juntos que o Pai Natal era o Hugo.
 
E o pai e a mãe a mentir à descarada quando na verdade queriamos era dizer que o Diogo tinha razão. Optamos por dizer uma meia verdade no fim, que o Hugo era um ajudante do Pai Natal... mas nem um nem outro ficaram completamente convencidos.
 
Que será que vai naquelas cabecinhas? O Pai Natal existe mas andam n pessoas mascaradas de Pai Natal pela rua e as prendas vão aparecendo em casa? Estranho não? :)))