quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Ontem ZUMBEI :)

Finalmente ontem consegui fazer uma aula de Zumba... finalmente depois de algumas tentativas em que por alguma razão quando chegava a hora não conseguia ir. E diga-se que ADOREI! Que aula fantástica, que ritmo, que movimento, que loucura. Se ao principio confesso que estava um pouco envergonhada, no fim da aula de 45 minutos estava cheia de pena de acabar pois estava mesmo a entrar no espirito da coisa. Definitivamente vou passar a ir mais vezes, nem que seja ao sábado, pois vale mesmo a pena. Viva o ZUMBA!!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ode ao tempo...

"O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo, tempo tem."

Antigamente gabava-me de ter tempo para tudo. Lembro-me de ir ao programa Você na TV e dizer à boca cheia que tinha tempo para tudo e ainda me dava ao luxo de dormir 8 horas seguidas. 8 horas seguidas perguntava o Goucha? E eu, sim, 7/8 horas seguidas. E era verdade desde que os miúdos estivessem bem, sem doenças. E ainda conseguia ver filmes e séries na TV e o meu marido não se queixava tanto da minha indisponibilidade. Pois é, tinha tempo. Apesar de estar no meu emprego conseguia perfeitamente desempenhar bem e eficientemente as minhas funções e ainda estar tranquilamente a fazer o mais gostava como escrever num blog, por exemplo. E não pensem que não tinha trabalho suficiente. Tinha, mas também tinha-o organizado e uma pessoa organizada consegue fazer tudo. Permitiam-me essa organização e gabava-me de não ter nada em atraso e inclusivamente fazer coisas que nem eram da minha competência. E isso era bom. Apesar de ser um trabalho que já me estava a saturar, o facto de conseguir ter tempo para mim e para a minha cabeça, ajudava-me a desempenhar ainda melhor as minhas funções e até, estar mais feliz. Ok. Não totalmente feliz, mas mais feliz. Desde o ano passado, que com a desculpa da crise mudaram-me as funções. Passei a fazer um trabalho que apenas fiz quando acabei a faculdade e enquanto trabalhava e estudava mas que logo assim que pude, dei um pontapé nesse trabalho pois era algo que detestava. Quase 20 anos depois voltei ao trabalhinho de cáca que fazia naquela altura. Chato que só visto, pelo menos para mim porque há sempre que adore este trabalho (e ainda bem). Tudo bem, tenho emprego e tenho de me calar e trabalhar, dizem vocês. Pois é, mas o trabalho que tinha antes da mudança de funções também continuou, não acabou. Simplesmente acharam que podia fazer este trabalho também. Só que as coisas não funcionam assim, porque nós não somos meras máquinas temporizadoras. Somos pessoas e somos humanos! Somos humanos sim! E estudámos e trabalhámos como o caraças para conseguirmos um nível profissional que nos orgulhamos. E continuamos a trabalhar se nos deixarem para desempenharmos essas funções ao mais alto nível. Se conseguimos ter essas funções bem desempenhadas e conseguimos ter tempo para nós, porque razão resolvem dar cabo desse tempo que temos para nós? Fomos nós que o ganhamos com o nosso esforço ao longo da nossa carreira! Tudo em nome da crise. Em nome da crise vêm-se licenciados, mestres e doutores a desempenharem funções que antigamente eram os não licenciados ou técnicos administrativos a fazerem, por valores que são uma afronta a todos os anos que dedicámos ao estudo e a nossa profissão. Os antigos administrativos vêm-se no desemprego, ao mesmo nível de candidatos licenciados para o mesmo trabalho. Inclusivamente há quem para obter um trabalho, omita no seu currículo a sua licenciatura ou os anos de experiencia que tem. É ridículo. É só esta palavra que me vem a cabeça no meio disto tudo. Onde está o gosto pelo trabalho, o amor à camisola, o trabalho com gosto? Onde fica no meio de tudo isto? Cada vez mais se vê pessoas a trabalharem em coisas que detestam apenas e só para terem o ordenado ao fim do mês e eu pergunto? É assim que as empresas e a economia querem crescer? À custa de trabalhos precários de gente que detesta fazer o que faz? Ou gosta mas faz o trabalho de graça... ou quase! Pergunto eu, as empresas e a economia não beneficiavam se as pessoas estivessem e andassem contentes no seu emprego, a fazerem o que gostam de fazer, aquilo para qual estudaram, batalharam ao longo de anos? As empresas não pensam que um colaborador infeliz só traz custos e mais custos para a empresa e consequentemente para a economia? Imaginam estas empresas do impacto que a infelicidade de uma pessoa provoca no seu desempenho profissional? Com certeza que não pensam nem imaginam. Eu sei e sinto que era uma pessoa melhor há 1 ano atrás. Era melhor pessoa em termos de saúde e em termos psicológicos. Não era inteiramente feliz, mas acho que a felicidade é um estado de espirito momentâneo com altos e baixos e ninguém é completamente feliz durante 24 horas por dia, 365 dias por ano. Mas ajuda muito darem-nos tempo para estar connosco, com a nossa família, com os nossos amigos. O trabalho não é tudo. E para quem tem um trabalho no verdadeiro sentido da palavra e faz um sacrifício para se levantar todos os dias de manhã com um sorriso nos lábios, o facto de conseguirmos ter tempo para nós vale ouro. Tenho uma admiração incrível pelas pessoas que foram à luta pelos seus sonhos e gozam da liberdade de ter um trabalho que não consideram trabalho. Consideram a propria vida. Porque é isto, senhores. Quem encara um trabalho como a própria vida, vive feliz acredito, quase os 365 dias por ano, 24 horas por dia. E cada vez conheço mais pessoas assim. Um viva a essas pessoas que conseguem viver a vida. Eu quero um dia ser assim. Mas hoje ainda não é o dia.