quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Homeopatia e eu #1

Foi hoje a minha primeira consulta num homeopata. Como já tinha referido aqui, desde que os meus miúdos nasceram que me sinto uma flor de estufa. Engraçado como são as coisas. Eu já sabia que quando fosse ao homeopata tinha de abrir a minha vida a ele, porque é verdade que tudo o que dizemos tem toda a importância na homeopatia. Fui lá por causa desta p*** da virosa que anda comigo há 3 semanas e que já fez com que miúdos, marido, mãe e sogra adoecessem também. Fui lá porque dei o grito do Ipiranga no que diz respeito à medicina tradicional, gritei BASTA. Fui lá porque os meus últimos anos têm sido uma m**** em termos de saúde e estou cansada de andar assim. E sai de lá com uma certeza absoluta, uma coisa que eu já sabia mas que achamos sempre que não tem importância. A forma como nos sentimos psicologicamente e emotivamente tem uma importância enorme no nosso estado de saúde físico. E tenho definitivamente de dar o grito do Ipiranga nesse nível também. Talvez o grito mais difícil de fazer. Aquele grito que deu o titulo a este blog.

Adiante, vou começar agora a tomar artilharia pesada no ramo da homeopatia para curar esta maldita tosse que me aflige e vou começar a tomar um reforço imunitário para dar mais defesas ao meu corpo, pois segundo o próprio, as minhas mazelas não são típicas de uma mulher de 38 anos. Com 38 anos eu devia estar na flor da idade, de me sentir bem e de estar bem. Não posso sentir-me um caco como me sinto.

No entanto, há coisas que a medicina homeopática não pode fazer nada, só depende de nós melhorarmos, que é a nossa parte psicológica. Esta vai-me dar algum trabalho mas ficou claro para mim, que esta tem de ser uma batalha a qual vou ter que ir na linha da frente, pronta para ganhar.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Uma noite memorável

Foi no sábado à noite que se realizou o maior evento de sempre, digno de entrar para os records do guiness. Um jantar com 72 mães de gémeos vindas de quase todo o país desde o Algarve até Leiria, passando pelo Alentejo. O jantar realizou-se em Lisboa no Restaurante Parreirinha da Centieira que nos recebeu maravilhosamente bem. Verdade seja dita, que o restaurante estava por nossa conta pois não cabia ali mais ninguém. O tempo foi curto para tanta conversa, gargalhadas, discursos, miminhos, trocas de experiencias, de artigos, compras e vendas. Houve de tudo um pouco. Só não houve lugar nem a tristezas nem arrelias. As mamãs estavam todas lindas e maravilhosas, sexys tal como o dress code o exigia. Uma noite só para nós onde nos iamos mimar e gozar do nosso estatuto maravilhoso que é sermos mães mas também mulheres. 

A Dalila, organizadora do evento está de parabéns pois foi incansável bem como as pessoas que a apoiaram na organização e nos miminhos.

Da minha parte, apesar de estar cheia de tosse e não estar com a disposição que me é caracteristica, diverti-me imenso, conversei imenso e adorei conhecer mais mamãs. Mesmo assim, não consegui conversar nem com metade. O tempo voa quando estamos com pessoas assim. Vendi todos os livros que levei e se mais tivesse, mais vendia. Foi também uma oportunidade de dar mais 2 dedos de conversa com as mamãs que me compraram os livros e que me fizeram perder a sobremesa sem pena nenhuma. 

Quando a Dalila veio ter comigo e me disse. Se calhar é melhor irmos andando para o casino pois já é meia noite e meia nem quis acreditar. Beijinho aqui, até breve acolá, até já, era 1 da manhã quando entrámos no arena lounge do casino. Tinhamos as nossas mesas reservadas e lá demos mais uns dedos de conversa. As 2h30 da manhã, estava na hora de voltarmos para a nossa realidade pois o dia seguinte continua a começar cedo e o nosso papel de mães esteve sempre presente.

Espero que haja mais eventos destes, com cada vez mais adesão, pois um dia entramos mesmo para o Guiness. Haja saude e vou continuar a fazer parte dos presentes. Adorei e vim de papinho cheio de tudo. Tão bom!!!!!!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Estamos quase no leréu

Este fim de semana avisinha-se muito bom. Jantarada com 80 mães de gémeos no sábado, uma coisa inédita e que vai ser absolutamemte inesquecivel. E no domingo um chá de bebé da minha melhor amiga Ritinha e do seu bebé ainda na barriga o Francisco do qual eu vou ser orgulhosamente a madrinha.

Resta-me rezar a todos os santinhos que esta noite durma bem e que a minha tosse comece finalmente a dar tréguas. Já estou um bocado (favor que lhe faço) farta de a ter por cá.

Tenho de me aguentar dê por onde der porque ficar de cama NESTE fim de semana é uma coisa que está absolutamente fora de questão.

Estamos nessa? :)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Olha... 1ª Marca 500 visitantes

Nada mau para um blog que ainda nem fez oficialmente 1 mês de vida.

Obrigado a todos os que me visitam e espero que estejam a gostar... isto ainda não é nada, pois neste momento estou atafulhadissima de work remunerado, pelo que não estou a dar, ainda, a atenção que espero dar a este blog. Continuem desse lado porque EU GOSTO!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Conversas entre Gémeos #2

O Passos Coelho e o Carnaval pelos olhos dos Twins

Diogo: Mamã já compraste os fatos do Carnaval?
Tiago: (sem me deixar responder) Não. A mamã não comprou porque ainda não tinha dinheiro para comprar.
Diogo: Ah pois é. Por causa do Passos Coelhos não é?
Tiago: Sim. Deviamos era ir roubar o Passos Coelhos.
Diogo: Não podiamos não. Porque senão eramos ladrões, como o Passos Coelhos.
Tiago: Ah pois é. Devia era estar na prisão.

Ora nem mais. Com 5 aninhos e já a sabem toda. :) Esta foi a conversa entre eles na cama antes de irem dormir, comigo sentada no meio das camas sem abrir a boca. Ou melhor, de boca aberta com a conversa deles. E não se esqueceram que o ano passado o Passos Coelhos como eles o chamam não deixou brincar ao Carnaval, o malandro. Já perguntaram se este ano ia haver Carnaval. Passos Coelhos tu põe-te a pau. Estás a brincar com o futuro dos nossos filhos!!!!!


sábado, 19 de janeiro de 2013

Noite de temporal

Viver no campo tem destas coisas. Se por um lado é só ar puro e passamos os dias a olhar para a natureza e a sentir a natureza na nossa pele, nos nossos poros. Se por um lado viver no campo nos dá um tom de pele saudável, andamos sempre na rua e vivemos o dia a dia fora do bulício da cidade e dos tubos de escape. Por outro, quando acontecem estas noites, noites de temporal em que parece que o mundo acaba, onde telhas se levantam, árvores centenárias tombam com o vendaval como se fossem caniçais, nestas noites viver no campo pode parecer que estamos num filme de terror, daqueles em que existe uma mata escura, cheia de monstros que uivam e emitem sons aterradores. Foi o que se passou esta noite. Já não bastava os miúdos continuarem a acordar com tosse, graças a Deus com muito menos frequência, ainda me fartei de acordar com o som do bater da chuva e do vento e só pensava na palmeira que temos mesmo ao pé do nosso quarto, que ainda por cima está doente com a doença dos escaravelhos vermelhos e por isso está fraquinha e se ela nos havia de cair em cima da casa. E o meu carro que tinha deixado na rua, pensei nos contentores de lixo no cimo da rua e se eles escorregariam rua abaixo para dar conta do meu carro. E pensava no Toby sozinho na sua casinha, do medo que ele teria de sentir o vento bater na porta e ver a chuva a cair na janela. Todos estes pensamentos pairavam na minha cabeça cada vez que acordava com o temporal e fazia-me encolher e agarrar o JP com força, como se o fato de estar agarrada a ele me desse a segurança que necessitava e fizesse o temporal parecer apenas uma chuva molha tolos.
Infelizmente, quando acordamos e reparei na devastação que estava a nossa volta, só pensava que bom que era termos uma casa de tijolo que nos abrigou incrivelmente bem do ciclone que passou por lá. A palmeira resistiu, não sem mais uma quantas hastes que jaziam no chão. A piscina estava coberta de caruma, sacos plásticos vindos não sei de onde e ramos de pinheiros das redondezas. O chão do terraço cheio de areia, caruma e mais ramos de pinheiro. Felizmente os carros estavam intatos e no fundo, nada que umas horas a varrer não voltem a pôr a nossa casa como era antes. Mas que foi uma noite verdadeiramente assustadora foi. Meteu medo. Ainda bem que passou. Viver no campo continua a ser MUITO bom!!!!
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vida dificil

Vida difícil esta de uma mãe de gémeos. Aliás, de qualquer mãe que tenha 2 ou mais pirralhos doentes. Porque quando é só um também é chato para caraças mas sempre vai dando para intercalar dormidas com o pai e com a mãe e assim, pelo menos dia sim dia não um dos pais consegue dormir alguma coisa de jeito. Com dois ou mais não é bem assim. Mesmo com um pai fantástico que acorde todas as noites tal como a mãe, que ceda o seu lugar na cama a um dos pirralhas enquanto a mãe fica com outro, que trate de um enquanto a mãe trata de outro a meio da noite, as noites essas podem ser intermináveis acabando na maioria das vezes com pai e mãe feitos zombies pela casa durante a noite e depois durante o dia. Trabalhar então, no dia seguinte com algum rendimento é uma missão impossível. Por mais que gostemos do que fazemos os nossos olhos precisam de palitos para se concentrarem a frente do computador. Esta noite foi pior ainda. O pai deve ter tomado uns drunfos para dormir pois a casa podia ter ido abaixo que ele não acordava. As 2 da manhã o D dá-lhe um ataque de tosse daqueles valentes (desde domingo que anda assim, a tossir de 30 em 30 segundos). Levanto-me meio estremunhada, pois tinha acabado de fechar os olhos e vou ver o que se passa. dou água, ponho soro, assoa-se e a tosse continua, a um ritmo impressionante. Faço-lhe umas massagens no peito com mustela (ontem tinha dado resultado) e sento-me na cama dele embalando-o para ver se conseguia adormecer e assim acabar com a maldita tosse. Nisto, o T acorda também. Quer-se assoar. toca de pôr soro e assoar. Quer água. Toca de beber água. Volta-se a deitar e volto-me a sentar na cabeceira do D a apelar a que a tosse alivie. 3 da manhã. Desisto. Dou-lhe um beijinho e digo-lhe que me vou deitar um bocadinho. D diz que sim, que posso ir. Deito-me e a tosse no quarto ao lado continua, frenética e mais ativa que nunca. Começa a dar-me o nervoso miudinho, viro-me na cama, para um lado e para o outro. Levanto-me. 5 da manhã. Devo ter dormido alguma coisa penso eu. Mas a tosse lá dentro continua, tal como a tinha deixado. Vou procurar o mel, supostamente na dispensa. Não encontro. Começa a dar-me umas cenas na espinha e umas vontades arrebatadores de espetar tudo no meio do chão. Controlo-me. Volto para o quarto deles. Dou água ao D. Ponho soro. Assoa-se. Dou-lhe o xarope da tosse. Sento-me. Pede-me colo. Vai para o meu colo e enrola-se em mim como quando era bebé. Não fosse serem quase 6 da manhã e estar a tossir como um louco seria um momento de pura ternura. Embalo-o. Nem sei quanto tempo. Pede-me para se voltar a deitar e... finalmente, como que por pura magia, a tosse para. Volto para a cama. O pai tinha ocupado o meu lugar. Empurro-o com as poucas forças que me restam. Surpreendentemente continuou a dormir como se tivesse sido a noite mais tranquila de todas. Aprecio o silencio. Adormeço. “Mamã!!!!!!!” Olho para o relógio. São 7:30 da manhã. Era o T. Acordou. Quer assoar-se. Assoa-se e quando vai para se voltar a deitar digo-lhe:
 Vá levanta-te agora e vai para cama do pai que eu quero dormir.
 Mas eu quero dormir aqui na minha cama.
 Não. Vais dormir com o papá agora que daqui a pouco queres acordar e eu QUERO DORMIR.
Aceita. Levo-o para a nossa cama e nessa altura... O pai acorda.
Que é que se passa aqui?
O que se passa é que eu QUERO DORMIR.
Vou para o quarto dos miúdos, deito-me na cama do T e rezo. Rezo para poder dormir 2 horinhas pelo menos. Consegui. As 9:30 acordou o D e acabou-se o descanso. Ufa..... detesto doenças, detesto tosses!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Homeopatia ou... quimicos toda a vida

Eu sou uma pessoa fraca. Sou fraquinha. Dizer que sou uma flor de estufa é muito. O que eu sou é mesmo uma flor num copo de água com duração limitada e que se não lhe mudam a água todos os dias e colocam um pouco de açúcar na flor, em menos de nada as minhas pétalas começam a cair, uma por uma. Assim tem sido a minha vida e mesmo correndo o risco de estar a falar de um cenário negro é assim como me sinto, como uma flor abandonada num copo de água que sobrevive à conta de colheradas de açúcar que lhe vão dando. Às vezes, temo por mim. Temo pela minha fraca resistência a tudo quanto de bicho e bactéria existe cá fora. É duro viver assim. E não há muita gente que me compreenda pois apesar de viver assim, vivo com um sorriso nos lábios e finjo que tenho mais força do que na realidade o meu corpo me permite ter. Raramente me queixo e quando o faço, desvalorizo a minha situação. Porque na verdade e no fundo, mesmo apesar deste meu sentimento, sei que há muita gente um milhão de vezes piores que eu. Costumo dizer que de toda a merda que apanho, apesar de serem coisas chatas, não são coisas que não se curem com mais ou menos químicos. O mesmo não pode dizer muito boa gente. Mas bolas que esta merda chateia. Chateia. E o que me chateia ainda mais é que quase sempre que estou doente, os meus miúdos adoecem também. Chamem-lhe genes. Eu chamo azar do caraças. Podiam ter saído ao pai que é forte como um touro. Mas não. Saíram á florzinha de vazo da mãe. Caraças. Apetece-me dizer uma asneira maior. 

Em Dezembro deu esta reportagem na Sic. Foi uma reportagem extraordinária e que me deixou de boca aberta. Já tinha ouvido falar dos benefícios da medicina alternativa mas não estava completamente convencida de que era verdade. Foi quando vi na reportagem, uma pessoa que quase que ia jurar que conhecia. Como não o vejo todos os dias, a coisa foi passando, apesar da reportagem me ter ficado a matutar na ideia. Hoje vi-o. E estava precisamente a falar da dita reportagem que há uns dias voltou a passar. Confrontei-o e ele confirmou que era ele e a filha, que anda no homeopata desde os 2 anos e tem agora 5 anos. Eu, que ando novamente a passar uma fase do caraças, quando ainda nem fez 1 mês completo que deixei de tomar antibiótico, sendo que o ultimo andei a tomá-lo 3 semanas, fiquei de boca aberta. Será? Será que eu ando aqui a entupir-me em químicos atrás de químicos há anos, a arrastar os meus filhos para esta vida, quando a resposta está num homeopata?

Não sei. Mas vou descobrir. E depois logo vos digo se é Homeopatia ou quimicos para toda a vida.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Filhos nas redes sociais - até onde devemos controlar?



Ontem uma amiga minha esteve a conversar comigo sobre o que se tinha passado numa reunião da escola do miúdo mais novo dela, com 11 anos. Ora parece que um pai descobriu que a filha andava a trocar mensagens um tanto ou quanto eróticas com um determinado rapaz ligeiramente mais velho, com cerca de 14 ou 15 anos. O pai ficou obviamente escandalizado e, pensou de imediato que a filha podia estar a ser vitima de um qualquer pedófilo. Toca de imprimir a foto do miúdo e de todos os que eram “amigos” dele no facebook para tomarem atenção a ele, distribuindo pelos restantes pais. 

A minha amiga ficou de boca aberta com a atitude do pai e se no inicio até me pareceu bem o que ele fez, quando ela começou a justificar porque não concordava, tudo isto fez-me pensar. Porque se por um lado imagino o choque que o pai teve em ver a conversa da filha no histórico do facebook, também acho que devia pensar que do outro lado podia estar mesmo apenas um miúdo de 14 anos, que inocentemente ou não, tal como a sua filha, trocava e fazia pedidos de cariz erótico. Todos sabemos que hoje em dia os miúdos são muito mais precoces nestas coisas. Se eu alguma vez com 11 anos pensava sequer em sexo. O mais que podia acontecer e ainda assim era raríssimo era um beijo na boca num jogo do bate pé. Até onde devemos nós interferir ao verificarmos uma situação destas com os nossos filhos? Acho sinceramente muito bem que os pais controlem as mensagens e contas do facebook dos filhos mas também acho e acho principalmente isto, que os pais devem dar as bases aos filhos para que estes saibam quais são os seus limites. Porque se os filhos não souberem quais são os seus limites, por mais controle que os pais tenham sobre as suas mensagens, o mais natural é eles fugirem ao seu controlo. 

Não parece muito mais fácil, sentarmo-nos com os nossos filhos e estabelecermos limites? Confiarmos e pedirmos para serem merecedores da nossa confiança? E num caso destes? Antes de acusar quem quer que fosse e causar pânico muito provavelmente por causa de um episódio de pré adolescentes, não devia ter investigado com a sua filha, quem era o rapaz? E se era mesmo um rapaz ou alguém a fazer-se passar por um rapaz! Tudo isto me pareceu um tanto ou quanto naife da parte do pai. Até mesmo um atentado à liberdade do individuo pois acusou provavelmente um miúdo inocente de um ato desprezível. Não estou com isto a dizer que não condeno a troca de mensagens dos dois miúdos. Se eu tivesse uma filha e visse estas mensagens e mesmo vendo que ela não lhe correspondia, tinha certamente um tete a tete com ela porque para mim tinha ultrapassado todos os limites por mim estabelecidos. Porque para mim, não basta dizer NÃO! No momento em que o miúdo passou o limite com ela, cortava de imediato qualquer tipo de relacionamento que pudesse ter com ele. Se ela não fizesse isso, estaria a trair a minha confiança. E não se pense que com rapazes estamos mais à vontade. É verdade que não penso tanto nestas coisas como pensaria se tivesse tido meninas. De qualquer maneira é muito importante que os meus filhos também saibam até onde é que podem ir. Podem apanhar um pai do outro lado que não gosta da brincadeira e os considere pedófilos, mesmo ainda sendo de tenra idade. Mas mais importante, não quero de todo ver os meus filhos envolvidos em brincadeiras destas tão precocemente. Há um tempo para tudo. E todo o cuidado é pouco nos dias que correm.

Deixo aqui um site muito esclarecedor acerca da utilização dos miudos da net. Espero que vos seja útil.
 http://www.miudossegurosna.net/

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Conversas sobre gémeos

Ontem foi dia de palestra na escola dos meus miúdos. O tema era conversas sobre gémeos e fui convidada para apresentar lá o meu livro. Fiquei felicíssima como devem calcular, não só pela oportunidade que me foi dada de divulgar o meu livro como também de conversar com outras mães de gémeos que é algo que fazemos sempre com muito gosto e faz com que o tempo voe.

A conversa foi animadíssima, com imensas partilhas e opiniões, todas diferentes, algumas iguais, umas radicais, outras nem tanto, mas todas com a convicção de que fazíamos sempre o que era melhor para os nossos filhos. No fundo, apesar de todas partilharmos em comum o fato de termos filhos gémeos, sabemos que os gémeos não são todos iguais e por isso a forma como os tratamos deve ir ao encontro das suas personalidades. 

Foi 1 hora e meia (quase 2 horas) que voaram literalmente e quando cheguei a casa já tinha o meu marido de rolo na massa pronto a arrear-me por me ter atrasado meia hora além do previsto. Ninguém lhe manda pedir-me a mim, que não sabia a que horas chegava (apenas tinha a previsão de término), para comprar frango para o jantar. Bom, estou a ser mazinha, o que o chateou mesmo calculo eu foi eu não ter visto as 2 SMS a perguntar se demorava muito para acabar. Mea culpa, mas quando me ponho a falar de gémeos perco a noção do tempo. Mi amore, perdóname!

Fora isso, correu tudo maravilhosamente bem. Como soube bem aquela conversa!!! No final, ainda vendi mais uns livrinhos autografados que espero que façam as delicias destas mamãs! Já soube que uma não resistiu e ficou a ler o livro Sim!!! São Gémeos!!! até ás 2 da manhã!!! 

Venham mais conversas destas... prometo que da próxima deixo mesmo o jantarinho todo pronto... só não prometo que esteja quentinho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Casar ou talvez não - se nos deixarem...


Eu e o pai não somos casados. Ou melhor. Já fomos e por isso, como costumamos dizer, somos casados pelo coração. Não quer dizer que se calhar, quem sabe um dia, não casemos no papel também. De vez em quando falamos nisso. O problema está quando, assim naquela da palhaçada, perguntamos aos nossos filhos se gostariam que a mãe e o pai se casassem. Sim. Eles sabem que não somos casados porque já andaram a perguntar pelas fotos do casamento uma vez que, já viram as dos avós todos e não viram as nossas. Não sei que raio passará naquelas cabecinhas, mas para eles, o casamento deve ser um bicho papão com certeza pois fogem dele a sete pés. Uma vez, na minha tentativa de aprofundar a aversão deles ao casamento, disseram-me que uma amiguinha da escola já tinha ido a um e horror dos horrores, o casamento foi uma seca, demorou até à noite. E depois ainda por cima, os noivos foram viajar. Que horror! Ora, sabendo eu que eles são uns moços caseiros e que gostam muito pouco de ficar sem os papás, nem um fim de semana, quanto mais uma semana inteira, vi logo que havia aqui coisa. O certo é que já lhes expliquei o que era o casamento, tentei propor um casamento no jardim, uma lua de mel a 4, enfim... dão mais trabalho a convencer que eu sei lá. A resposta é Não! Não! Não! Diz o pai: Mas nós não precisamos da aprovação deles pois não? E eu: Não. Claro que não. Mas faz-me confusão o que vai na cabecinha deles que queres? E não... não são ciúmes meus. Só se forem do pai porque eles são apaixonadíssimos pelo pai (pronto está bem, por mim também. Mas não mostram!!! - homens!) Mas eu acho que não é nada disso. Tenho de pensar numa forma de lhes contar uma historia de um casamento muito gira, assim com power rangers e gormitis para ver se eles entendem o conceito.

Diriam uns: espertos os moços einh... visionários... para quê estragar o que está bom? Bem... isto dava um outro tema de outra história que quem sabe um dia me ponho aqui a debitar.

Já agora, alguém quer opinar acerca dos reais motivos dos meus filhos serem avessos ao casório?