sexta-feira, 7 de junho de 2013

6 anos de pipoquinhas

Foi há 6 anos, no dia 6 de Junho de 2007 que a minha vida mudou radicalmente. Foi o dia mais feliz da minha vida e o mais assustador ao mesmo tempo.Não pelos meus filhos que felizmente nasceram saudáveis e como se quer mas por mim, que tive uma hemorragia pós parto que me ia levando desta para melhor. E o meu maior medo não era por mim, era por ter tido, por breves momentos a sensação que podia morrer sem nunca sequer ter pegado neles ao colo. Foi uma sensação indescritível. A pior sensação que alguma vez eu tinha sentido. Chorei, gritei, desmaiei e quando acordei voltei a chorar e a gritar pelos meus filhos. Que queria vê-los, que queria tocar-lhes e nem tocar-lhes na pele me deixavam... Pudera, eu estava literalmente a esvair-me em sangue. Acho que nunca tinha descrito esta sensação. Aliás, o escrever não faz jus ao que senti. É uma sensação que nunca mais quero voltar a ter.

Adiante e depois do susto passado e depois de dias muito dificeis para mim pois tinha perdido muito sangue estava com uma anemia brutal, devagarinho fui-me adaptando à minha nova condição de mãe especial. Mãe de gémeos!

O 1º ano foi o ano mais cansativo da minha vida. Noites mal dormidas com cólicas e birras que pareciam não ter fim, caos completo e absolutamente tempo nenhum para nada. Valeu-nos a preciosa ajuda dos nossos pais que juntos permitiam-nos dar uma folguinha de vez em quando para dormirmos uma noite seguida.

Os 3 primeiros anos, apesar de na altura terem parecido 3 longos anos, passaram a correr. Quando olho para trás, fico com uma sensação esquisita de como quando estamos tão desejosos que aquela altura passe que nem apreciamos o que de bom temos. Olho para fotografias e não me lembro deles com aquela idade. Dou por mim a pensar... Eles eram tão lindos e tão fofinhos e eu nem me apercebi disso. Aperceber, apercebi sim mas o meu desejo de que aquela fase passasse era tão grande que também essa recordação passou num instante. 

Por volta dos 4 anos a coisa começou a compor-se e a acalmar. Aos poucos, voltámos a olhar para nós, a apreciarmos a vida e o que nos rodeava. Também passámos alguns maus momentos com a entrada na escola, também eles muito dolorosos mas comparado com as dificuldades dos primeiros tempos era peanuts.

Agora com 6 anos, tenho autenticos homenzinhos. É talvez das fases mais giras até agora. Uma fase em que já são nossos companheiros, amigos. Já conseguimos conversar com eles e fazer tudo (ou quase tudo) o que faziamos antigamente, sem grandes stresses. São vaidosos, lindos de morrer e super simpaticos. Espertos como tudo. Às vezes até demais. Ao contrário das outras idades eu espero que esta fase demore a passar. Não tarda estão no 1º ano da escola. Quem diria?

É nesta fase que eu penso o quanto perco por não conseguir aproveitar esta idade com eles. Gostava de ter muito mais tempo do que aquele que tenho.

Ontem tirei um dia de ferias para estar com eles no dia de aniversário e foi dos dias mais giros dos ultimos tempos e em que não fizemos nada de especial. Estivemos apenas a aproveitar estar com eles no dia de anos em dia de semana com um tempo que não ajudou nada a festa.

Mas deu para brincarmos, rirmos, jogarmos raquetes, jogarmos voley, comermos gelados, comermos bolo, corrermos e divertimo-nos à grande.

Claro que se tivéssemos todos os dias para fazer isto se calhar não tínhamos aproveitado tão bem e o mal é esse. Mas foi bom. FOI MUITO BOM!!!!

E assim se passaram 6 anos... a voar literalmente. Amo-vos de uma maneira que é impossível explicar. Só quem é mãe sente verdadeiramente um amor igual pelos seus. Muitos parabéns meus amores que sejam MUITO FELIZES SEMPRE!