sexta-feira, 22 de março de 2013

Que neura

(Post apagado porque há coisas que não se dizem num dominio publico)

Mas porque raio não arriscas tu Rita Maria?
Porque não.

segunda-feira, 18 de março de 2013

As saudades de viajar às vezes são tantas!!!



As saudades que eu tenho de viajar é algo que nem sei bem explicar. Sempre fui uma pessoa que gosta de ramboia, que gosta de laurear a pevide, de conhecer paises novos, gentes novas. Adoro andar de avião, não tenho medo nenhum e acho um perfeito disparate ter medo de um avião, que quando cai um é noticia internacional de tão raro que é. Tenho saudades do cheiro das malas de viagem, do aeroporto, do cheiro da comida de avião. Tenho saudades de ver as nuvens e de ver as casinhas tão pequeninas lá em baixo e de pensar... até breve que eu já volto. E de curtir, de não pensar em trabalho, nem em despesas, nada. Sentir o sol na pele, calcorrear ruas desconhecidas, entrar em lojas iguaizinhas às nossas mas em que a empregada nos atende com uma lingua diferente.Conhecer restaurantes, comidas tradicionais e bebidas claro. Tenho saudades de fazer isto tudo com o meu companheiro. Tenho saudades de namorar e de pensar só no amor. Tenho saudades de viajar a dois e gostava muito de fazer uma viagem a 4, completamente diferente mas tenho a certeza que maravilhosa. Tenho saudades disto tudo e mais saudades tenho ainda, quando percebo que tão cedo não voltarei a pisar um aeroporto. Se no dia a dia não penso muito nisto, tem alturas e horas, vá lá, minutos do dia em que quando me lembro e me vêm as saudades, me revolta. Eu era uma previlegiada. Era não tenho duvidas. Eu conseguia fazer 1 a 2 viagens por ano, mas viagens a sério, daquelas demoradas e longinquas. Há 3 anos que se acabou. Pronto, vão me dizer que há pessoas que nunca puseram os pés num avião, há pessoas que nem para ir ao Algarve têm dinheiro e que sou na mesma uma previlegiada porque (ainda) não passo fome. Eu respondo. Claro que sim. Afinal até sou uma previlegiada porque temos emprego, ordenado e saude mas e então? Não podemos ambicionar mais e melhor? Essa agora! Porque é que nos havemos de contentar com o que temos apenas e só porque temos mais que a maioria das pessoas? Eu não sou assim. Eu quero mais e foi graças ao querer mais que hoje sou o que sou. Porque nunca fico parada a ter pena de mim mesma, nem fico parada a achar que tenho tanto que mais vale estar quieta. Eu quero mais sim, e acho que todos mas todos temos de ser assim. E vou mais longe. Se todos nós formos um bocadinho mais ambiciosos e lutarmos todos por aquilo que acreditamos, de certeza que não estava tanta gente agora nas ruas da amargura. Porque é muito facil ser o coitadinho. Eu não sou coitadinha nenhuma mas também não sou sortuda nenhuma como pensam. Sou um ser perfeitamente normal que continua a ter sonhos como toda a gente... e saudades. E desta vez deu-me para isto. Ter saudades de viajar. E não há mal nenhum em ter saudades de viajar.

Sou madrinha :)



Estou muito feliz... já sou madrinha, uma especie de tia emprestada. A minha querida amiga Ritinha já teve o Francisquinho o que faz de mim, a sua mana emprestada, a tia / madrinha mais feliz do mundo. E que lindo que é o Francisquinho... :) Ainda não o consegui ir ver pois o menino fez a partida e veio ao mundo 1 semaninha antes do previsto e muito de repente. Eu sabia que ia ser este fim de semana. Havia qualquer coisa que me dizia que ia ser no fim de semana. Confesso que olhei para o telemovel muitas vezes e cada vez que o telemovel tocava pensava... é agora... é a Ritinha e só pensava em correr para ir ter com ela. Mas a Ritinha também me fez a partida e só me avisou depois dele nascer... malandra... mas eu percebo. Quando foi comigo fiz pior. Avisei toda a gente que durante 1 mês pelo menos não queria visitas lá em casa e proibi visitas na maternidade. Só mesmo pais e tios podiam ir lá visitar. Fui chata, má... talvez, mas não me arrependo pois ainda por cima com as complicações que tive pós parto, a ultima coisa que me apetecia era ver gente à volta a mexer nos meus ricos bebés... Por isso, eu compreendo. Se fico triste de não ver o Francisquinho mais cedo... fico pois... mas o bebé é dela e do papá babado e eles têm todo o direito de se agarrar a ele sozinhos, sem pessoas a fazer cutchi cutchi e a mandar bitaites. E se há pessoas que não cumprem o pedido dela, nem perguntam se podem e aparecem na maternidade e em casa sem avisar, eu que sou amiga dela, só tenho de aceitar e cumprir o que me pede. Por mais que me custe porque a ansiedade de ver o meu afilhado também é mais que muita. Mas eu espero. Domingo, apareço lá em casa com a maralha... porque me disseste que sim. Eu aguento... :) Parabéns maninha, adoro-te muito e espero conseguir ser a madrinha perfeita para o Francisquinho.

quinta-feira, 14 de março de 2013

A fotografia e o meu mundo


Eu adoro fotografar. Sempre gostei desde miuda. Era eu que andava sempre de máquina na mão. E ainda ando. Sou sempre eu que me lembro de fotografar aqueles momentos e dar aqueles cliques. Também gosto de ser fotografada admito mas é tão raro ser outra pessoa a pegar na máquina fotográfica que se contam pelos dedos das mãos as fotos em que eu apareço. E na maioria das vezes, as fotos em que apareço sou eu própria que tiro. 

Há dois anos, quando meti na cabeça que queria mudar pensei nas coisas que gostava de fazer e onde poderia ter algum sucesso. A fotografia, a par da escrita estava no topo da lista. O livro estava escrito na altura e só à espera de editora, que finalmente apareceu em Julho do ano passado mas, infelizmente para ser ter sucesso na escrita e poder-se viver da escrita não basta publicar um livro e principalmente quando esse livro é acerca de um tema tão particular. Portanto, se eu quisesse mudar de vida não seria apenas com a escrita. Investi na fotografia. Comprei uma Canon 500D, investiguei as lentes que melhor se adaptavam aquilo que gostava de fotografar, li livros, entrei em fóruns, estudei o melhor que pude acerca da arte de fotografar que é muito mais complexa do que poderia imaginar. Tentei criar um portfólio e ainda consegui alguns trabalhos nessa área. Quis especializar-me na arte de fotografar famílias, crianças e bebés. As minhas fotografias, apesar de me dizerem que eram boas e de uma maneira geral gostarem do trabalho final, admito que podiam ser melhores. Cada vez que estudamos mais, temos mais consciência dos nossos defeitos, não é? Percebi que para melhorar a minha qualidade teria mesmo de aprofundar os meus estudos na fotografia. Mas, as coisas não correram muito bem. Mais uma vez, o apoio e colaboração da família é fundamental pois quando temos uma família, os nossos atos têm consequências na nossa vida familiar e a minha família achou que eu estava a prejudicar o tempo dedicado a eles para dedicar às famílias dos outros. Foi com uma grande tristeza que abandonei o meu projeto fotográfico que adorava e onde sentia que era o meu mundo. A família está primeiro. Sempre primeiro.

Abandonei, mas não esqueci. Porque a fotografia continua a estar no topo das coisas que me fazem feliz e das quais eu poderia fazer a minha vida. Mas é uma batalha difícil. É difícil porque quando reemergir como fotógrafa quero reemergir com muito mais qualidade e até abrangendo a área corporate que me poderá dar o impulso que desejo e isso implica fazer um curso, que já sei exatamente qual é e como fazer, sem prejudicar a minha vida familiar, mas infelizmente não tenho possibilidades financeiras para avançar neste momento. Tenho saudades de fotografar. Tenho saudades de dar cliques. Tenho saudades de aprender.

A fotografia e a escrita estão lado a lado neste meu mundo que me faz feliz. É aqui que me sinto como peixe na água. É aqui que está o meu clique. Porque é que é tão difícil conseguirmos concretizar os nossos sonhos? Principalmente quando sabemos tão bem o que queremos?

quarta-feira, 13 de março de 2013

Acreditar que conseguimos...





Eu gostava de conseguir concretizar os meus sonhos. Gostava mesmo. Sei que conseguia. Sei que ia ter sucesso. Sei que com toda a certeza ia ser mais feliz e melhorar a minha qualidade de vida. O meu médico homeopata na 1ª consulta em que me quis conhecer disse-me coisas que ficaram até hoje a pairar na minha cabeça. Tinha a ver com toda a minha forma de viver e de sentir as coisas e maneira como essa forma de viver e sentir influenciava o meu estado de saúde. Podem os mais cépticos pensar que são balelas, tangas, etc mas nós que estamos do outro lado e engolimos cada palavra que nos dizem conseguimos perfeitamente chegar onde ele quer que cheguemos. 

Quando o meu marido quis arriscar e desistir do emprego fixo que tinha para se dedicar a uma empresa dele e ser o seu próprio patrão, eu fui a primeira da fila a apoiar, a acreditar que ele conseguia e em momento algum duvidei que ele tivesse sucesso. Durante 3 meses, vimos o nosso ordenado mensal a diminuir drasticamente devido ao facto dele ter saído de onde estava e estar em fase ainda de arranque da empresa. Eu, com o meu ordenado por trás e o meu apoio moral, esperei pacientemente que a empresa começasse a dar frutos, até que... começou a dar. 

Ele diz que o facto de eu o ter apoiado ou não, nunca teria influenciado a decisão dele, porque a decisão dele baseava-se no seu próprio pressuposto de que ia ter sucesso. Será mesmo? Será que se na altura eu lhe tivesse dito que era doido, como muita gente achou que ele era, se eu lhe dissesse que não achava bem que ele fizesse isso, se eu lhe dissesse que achava que não ia correr bem, se eu lhe dissesse, porque raio queres tu sair de onde estás certo, para ires para o incerto, será mesmo que ele arriscava? Aí está algo que eu nunca vou saber. Eu ficaria deveras chateada se ele fizesse isso à minha revelia, mesmo depois tendo sucesso. Francamente não sei se teria digerido tão bem aqueles 3 meses com menos um ordenado.

Disseram-me. Não estará na altura, agora que a empresa do seu marido tem sucesso, de ser ele a apoiar o salto da Rita? Mesmo que isso implique tempos mais difíceis no arranque do projeto, seja ele qual for?

Devia ser assim... na verdade num mundo cor de rosa em que os maridos leem o nosso pensamento e fazem exatamente o que gostaríamos que fizessem, é isso que acontece. Mas... nós não vivemos num mundo cor de rosa. Mundo cor de rosa é coisa que não existe e as mulheres de uma maneira geral sempre foram mais dadas a acreditar nas capacidades dos maridos do que o contrário não é?

Estarei eu condenada a não conseguir realizar os meus sonhos? Dou por mim por vezes a desejar que a vida me pregue uma partida na minha profissão e que me obrigue a seguir os meus sonhos sem que ninguém me condene. É triste ter estes pensamentos. Não devia ser assim. Todos nós devíamos ter a oportunidade de arriscar e fazer o que gostamos. Há dias em que a desilusão e a incompreensão reinam. Hoje é um desses dias.

quinta-feira, 7 de março de 2013

A Homeopatia e eu #2

Ainda não tinha dado novidades aqui acerca da minha experiencia com a Homeopatia. Pois bem, chegou a hora de dar a minha opinião acerca desta medicina chamada de alternativa mas intitulada pelos homeopatas de complementar.
 
Confesso que fui à consulta céptica. Com esperança mas céptica. Afinal de contas com 38 anos de vida, foi rara a vez em que consegui dar a volta a uma virose, uma infeçao respiratória, uma crise de sinusite, sem recurso à medicina convencional. E nunca, mas nunca, da maneira como estava tinha conseguido ultrapassar sem recorrer ao famoso antibiótico. Lembro-me varias vezes de ir à minha alergologista com uma infeção respiratória já há 3 semanas, ela dizer-me já vi que isto não vai lá sem antibiotico. Aguarde mais uns dias e se continuar assim tome isto ou aquilo. Drogas atrás de drogas. Por isso, fui ao homeopata em ultimo recurso, quando o meu corpo pedia por favor para parar de dar drogas, menos de 1 mês depois de 3 semanas de antibiótico, com um principio de pneumonia. Foi um risco o que fiz. Admito. Podia não dar em nada e muitas vezes ao longo do tratamento homeopatico pensei. Meu Deus, tenho a sensação que se vou ao hospital já nem me deixam sair de lá. Este era o meu estado. Nunca faria o que fiz se fossem os meus filhos no meu lugar pois foi preciso muito sofrimento e muita força de vontade para não recorrer ao antibiotico. Quase como se fosse uma drogada que precisa urgentemente da sua droga para viver mas sabe que não o pode fazer.
 
Muitos emails troquei eu com o Dr. Nuno, muitos mesmo. A pedido dele e em desespero meu. Ele respondia sempre com carradas de esperança e de força para que aguentasse. Ia-me ajustando a medicação consoante o modo como me sentia. Acredito que ele próprio deve ter tido duvidas se eu ia aguentar ou não. E eu ia tomando as bolinhas tal e qual ele me dizia com todas as indicações que ele me dava. Não bebia chás, nem comia chocolates, nem comia nada que tivesse mentol. Tomava as bolinhas fora das horas da refeição e da lavagem dos dentes religiosamente. De vez em quando, ou melhor, quase todos os dias tinha vozes por trás a gozarem comigo por estar a tomar bolinhas com açucar. Eu fazia orelhas moucas e pensava para mim. Eu ainda hei-de calar a boca desta gente. Quase ninguém acreditava que eu ia ficar melhor só com bolinhas. Depois havia outras pessoas, que me conheciam melhor e sabiam que se o estava a fazer, era porque achava que estava a fazer bem e respeitavam-me. Cépticas também mas sem gozo, na expectativa de um dia dizer que estava bem.
 
3 semanas depois de ter começado a tomar as bolinhas, chegou esse dia. Estava melhor de dia para dia, quase sem dar conta. Aos poucos a tosse começou a diminuir de intensidade, a expetoração reduziu e praticamente cheguei ao meu estado normal. Repito estado normal! O meu estado normal não é propriamente o normal das outras pessoas, é um normal com alguma congestão nasal e alguma tosse, mas obviamente nada que se comparasse à tosse que tinha fruto da infeção respiratória. Aqueles que gozavam, de repente calaram-se. Acabaram-se os comentários depreciativos. E quando verificavam que estava melhor e eu dizia que foi com a homeopatia, olhavam para mim, como se eu estivesse a mentir. Como se houvesse necessidade.
 
E assim foi a minha 1ª experiencia com a homeopatia. Digo 1ª pois vai ser a 1ª de muitas outras vezes que hei-de recorrer a ela. Para mim agora, antibiotico, só se me disserem: Rita, isto assim não vai lá!
 
Ainda tenho um longo caminho a percorrer até à cura completa se é que ela existe. Mas sei que agora estou no caminho certo e tenho a certeza que a minha qualidade de vida a partir de agora vai ser melhor. Os meus filhos, no que depender de mim, também só levarão mais antibióticos em ultimo recurso, pois a homeopatia vai ser a minha medicina de primeira linha com eles e comigo.
 
O Dr. Nuno Oliveira não precisa de mais publicidade pois a publicidade dele são os casos de sucesso que tem, mas não me sentiria bem se não divulgasse quem é. Eu aconselho agora a homeopatia a toda a gente. A homeopatia resultou comigo que sou a pior pessoa para estas coisas. E esse mérito é todo dele.
 
Podem ver aqui o blog dele e tem todos os contactos lá. Não perdem nada com isso e quem sabe a vossa qualidade de vida e a dos vossos filhos não melhora substancialmente.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Vivemos e aprendemos

Estas ultimas 3 semanas, além de caóticas foram acima de tudo mais uma bela lição de vida para mim. É sabido que queixar-me do meu trabalho é o que eu mais tenho feito ultimamente. Não é para menos. Passei a ser uma mera técnica de contabilidade desde há um ano para cá com as responsabilidades de uma diretora financeira. E, tal como já referi não morro de amores pela contabilidade.

Mas o facto é que só me apercebi das verdadeiras consequências de ser uma técnica de contabilidade agora no fecho do ano. Porque aqui, não podia fugir das minhas responsabilidades também de diretora financeira. Tinha de enfrenta-las com todas as minhas garras. Parei para o mundo. Desliguei net, desliguei telemoveis e dediquei-me 200% ao meu trabalho. O problema foi que ao mesmo tempo, a minha familia precisava de mim. Estava com um problema em mãos. Valeu-me a disponibilidade e apoio do JP que não sei como teria sido sem ele. Apercebi-me pela 1ª vez da incompatibilidade de ter um cargo de responsabilidade e ser mãe. Está explicado porque é que existem tão poucas mulheres em lugares de chefia e de responsabilidade. Das duas uma, ou não têm filhos, ou se os têm, têm que ter uma rede de apoio fantástica por trás. De outro modo é absolutamente impossivel termos uma carreira de sucesso conciliada com a maternidade. Outra coisa que me apercebi foi do tempo que efetivamente perdemos com a internet. A internet é de facto uma coisa fabulosa mas sem duvida nenhuma que tem de ser com conta, peso e medida. É impossivel sermos bons profissionais se não conseguirmos fazer a distinção do trabalho e do lazer. Não digo que não o fizesse mas decididamente, por vezes o lazer sobrepunha-se às minhas responsabilidades. Por erro, por vicio, por escape, whatever. 

Decidamente apercebi-me nestas 3 semanas daquilo que é verdadeiramente importante para mim e do que tenho de fazer para concretizar os meus objectivos. Eu sei que já disse isso algures por aqui, mas retiro o que disse nessa altura. É preciso muito mais que pensar. É preciso agir. E sobretudo é preciso uma coisa fundamental. Organização.

Conseguimos ter tempo para tudo? Conseguir conseguimos, mas para o conseguirmos temos por vezes de colocar travões nas coisas que mais gostamos de fazer. Há um tempo para tudo e há um timing para tudo e é preciso saber desligar o botão quando é necessário. Se estamos sempre com o botão ligado, vai haver algo que vai ficar para trás e arrependemo-nos, mais cedo ou mais tarde. Além de ficarmos com a sensação que não conseguimos fazer nada. E esta sensação, meus amigos... é lixada!!!!

Varicela em dose dupla

Eu pedi! Pedi tantas vezes para eles terem varicela que houve um dia em que me fizeram a vontade. Foi há 3 semanas, num sábado que, depois de tomarmos o pequeno almoço, o pai vai por um jogo da PSP e olha para o Diogo. "Rita, anda cá, o Diogo está cheio de borbulhas!!!" Eu sabia que a varicela andava na escola deles e na sala deles, mas se havia alturas em que estava preparada psicologicamente para esta doença, esta não era uma das alturas. Logo nesse fim de semana que eu tinha previsto trabalhar TODO o fim de semana. Logo nesta semana em que eu TINHA de apresentar contas para fechar o ano. Really? Havia pior altura em termos de trabalho? Sinceramente, não me recordo de pior altura para isto acontecer. Levei o Diogo ao médico e confirmado o diagnóstico, sentença de pelo menos 1 semana em casa! Comecei a rezar a todos os santinhos para que o Tiago também apanhasse e de preferencia que logo logo aparecessem as primeiras borbulhas. Já que era para estragar 1 semana que estragassem logo os dois de uma vez. Pela primeira vez demos autorização a eles para se beijarem e lambuzarem-se um ao outro. Eles... felicissimos. O Diogo felicissimo por ter varicela, uma vez que os amiguinhos já tinham tido todos. O Tiago feliz por o irmão ter porque isso era sinal que daí a uns dias também ele ficaria com varicela e assim poderiam todos comparar as mazelas decorrentes da varicela, como se de cicatrizes de guerra se tratassem.

O JP foi absolutamente fantástico nesta semana em que estive a trabalhar que nem uma moura com o Diogo doente. Os avós por azar não conseguiram dar apoio nenhum por motivos de saude, consultas médicas e afins e ele, sozinho deu conta do recado. Obviamente que contribui com o que pude. Era eu que dava os banhos de maizena matinais de fim de tarde, e pintalgava as minhentas borbulhas com betadine. E tentava conciliar o meu trabalho com o dele, trabalhando muitas das vezes em casa à noite para poder chegar mais tarde ao trabalho no dia seguinte. Não foi facil. Mesmo. E o maior problema é que isto era só a primeira rodada. Faltava o Tiago que não havia meio de ter. Quando finalmente o Diogo começou a ficar bom, teve uma recaída não se sabe bem como nem porquê, com um febrão de quase 40 graus. Nova ida ao médico, antibiótico não sei bem porquê e mais uns dias sem ir à escola. O Tiago, que entretanto já tinhamos pensado que não era desta vez ainda que ia ter varicela, por sua vez apanhou uma virose de gastroentrite com dor de barriga e febre. Fantástico! 2 semanas de molho. Finalmente na sexta feira voltaram os dois à escola. Pensámos nós, será que agora vai normalizar? E eu pensava. Tu queres ver que o Diogo apanhou-me o fecho do ano e o Tiago vai apanhar-me o fecho do mês aqui na empresa? Bem dito, bem certo. Este domingo, quando acorda eis que despontam as primeiras borbulhas da varicela. Mais uma vez numa altura fantástica para mim, para não dizer o contrário. Mas pronto. Tudo isto serviu para eu aprender mais umas lições que merecem um post só para elas. Agora, ainda me faltam mais uns dias de molho com o Tiago em casa e agora rezo para depois desta, tudo volte a estabilizar. Varicela, never again!!!!!