quarta-feira, 13 de março de 2013

Acreditar que conseguimos...





Eu gostava de conseguir concretizar os meus sonhos. Gostava mesmo. Sei que conseguia. Sei que ia ter sucesso. Sei que com toda a certeza ia ser mais feliz e melhorar a minha qualidade de vida. O meu médico homeopata na 1ª consulta em que me quis conhecer disse-me coisas que ficaram até hoje a pairar na minha cabeça. Tinha a ver com toda a minha forma de viver e de sentir as coisas e maneira como essa forma de viver e sentir influenciava o meu estado de saúde. Podem os mais cépticos pensar que são balelas, tangas, etc mas nós que estamos do outro lado e engolimos cada palavra que nos dizem conseguimos perfeitamente chegar onde ele quer que cheguemos. 

Quando o meu marido quis arriscar e desistir do emprego fixo que tinha para se dedicar a uma empresa dele e ser o seu próprio patrão, eu fui a primeira da fila a apoiar, a acreditar que ele conseguia e em momento algum duvidei que ele tivesse sucesso. Durante 3 meses, vimos o nosso ordenado mensal a diminuir drasticamente devido ao facto dele ter saído de onde estava e estar em fase ainda de arranque da empresa. Eu, com o meu ordenado por trás e o meu apoio moral, esperei pacientemente que a empresa começasse a dar frutos, até que... começou a dar. 

Ele diz que o facto de eu o ter apoiado ou não, nunca teria influenciado a decisão dele, porque a decisão dele baseava-se no seu próprio pressuposto de que ia ter sucesso. Será mesmo? Será que se na altura eu lhe tivesse dito que era doido, como muita gente achou que ele era, se eu lhe dissesse que não achava bem que ele fizesse isso, se eu lhe dissesse que achava que não ia correr bem, se eu lhe dissesse, porque raio queres tu sair de onde estás certo, para ires para o incerto, será mesmo que ele arriscava? Aí está algo que eu nunca vou saber. Eu ficaria deveras chateada se ele fizesse isso à minha revelia, mesmo depois tendo sucesso. Francamente não sei se teria digerido tão bem aqueles 3 meses com menos um ordenado.

Disseram-me. Não estará na altura, agora que a empresa do seu marido tem sucesso, de ser ele a apoiar o salto da Rita? Mesmo que isso implique tempos mais difíceis no arranque do projeto, seja ele qual for?

Devia ser assim... na verdade num mundo cor de rosa em que os maridos leem o nosso pensamento e fazem exatamente o que gostaríamos que fizessem, é isso que acontece. Mas... nós não vivemos num mundo cor de rosa. Mundo cor de rosa é coisa que não existe e as mulheres de uma maneira geral sempre foram mais dadas a acreditar nas capacidades dos maridos do que o contrário não é?

Estarei eu condenada a não conseguir realizar os meus sonhos? Dou por mim por vezes a desejar que a vida me pregue uma partida na minha profissão e que me obrigue a seguir os meus sonhos sem que ninguém me condene. É triste ter estes pensamentos. Não devia ser assim. Todos nós devíamos ter a oportunidade de arriscar e fazer o que gostamos. Há dias em que a desilusão e a incompreensão reinam. Hoje é um desses dias.

2 comentários:

  1. Olá
    eu acho que deves acreditar em ti, independentemente da opinião do teu marido!
    se acreditares, consegues!
    não sei se tens filhos. ..
    eu também preciso de arriscar, mas ainda me falta o acreditar mesmo de que sou capaz. estou desempregada, em processo de divórcio e tenho um filho com 4 anos. pondero emigrar, mas ao mesmo tempo assusta-me o ir sozinha para o desconhecido. e tenho de levar o meu filho também, eu sou duas pessoas :)
    enfim. .. coragem e confiança precisam-se por estes lados... :)
    xx

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  2. Os sonhos comandam-nos sempre, sejam grandes ou pequenos à vista dos outros; para nós são sempre sonhos que nos dão alento. Alguns são irreais outro possíveis...mas se estão condenados ao sucesso ou ao fracasso só depende de nós...o primeiro passo é o mais difícil certamente. Seja qual for o teu sonho, seja qual for a altura, tenhas o apoio que tiveres...será sempre o teu sonho, fruto das tuas ideias e o que eu que desejo é saúde para o sonhares, concretizares e partilhares. Tudo de bom.

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