quarta-feira, 6 de março de 2013

Vivemos e aprendemos

Estas ultimas 3 semanas, além de caóticas foram acima de tudo mais uma bela lição de vida para mim. É sabido que queixar-me do meu trabalho é o que eu mais tenho feito ultimamente. Não é para menos. Passei a ser uma mera técnica de contabilidade desde há um ano para cá com as responsabilidades de uma diretora financeira. E, tal como já referi não morro de amores pela contabilidade.

Mas o facto é que só me apercebi das verdadeiras consequências de ser uma técnica de contabilidade agora no fecho do ano. Porque aqui, não podia fugir das minhas responsabilidades também de diretora financeira. Tinha de enfrenta-las com todas as minhas garras. Parei para o mundo. Desliguei net, desliguei telemoveis e dediquei-me 200% ao meu trabalho. O problema foi que ao mesmo tempo, a minha familia precisava de mim. Estava com um problema em mãos. Valeu-me a disponibilidade e apoio do JP que não sei como teria sido sem ele. Apercebi-me pela 1ª vez da incompatibilidade de ter um cargo de responsabilidade e ser mãe. Está explicado porque é que existem tão poucas mulheres em lugares de chefia e de responsabilidade. Das duas uma, ou não têm filhos, ou se os têm, têm que ter uma rede de apoio fantástica por trás. De outro modo é absolutamente impossivel termos uma carreira de sucesso conciliada com a maternidade. Outra coisa que me apercebi foi do tempo que efetivamente perdemos com a internet. A internet é de facto uma coisa fabulosa mas sem duvida nenhuma que tem de ser com conta, peso e medida. É impossivel sermos bons profissionais se não conseguirmos fazer a distinção do trabalho e do lazer. Não digo que não o fizesse mas decididamente, por vezes o lazer sobrepunha-se às minhas responsabilidades. Por erro, por vicio, por escape, whatever. 

Decidamente apercebi-me nestas 3 semanas daquilo que é verdadeiramente importante para mim e do que tenho de fazer para concretizar os meus objectivos. Eu sei que já disse isso algures por aqui, mas retiro o que disse nessa altura. É preciso muito mais que pensar. É preciso agir. E sobretudo é preciso uma coisa fundamental. Organização.

Conseguimos ter tempo para tudo? Conseguir conseguimos, mas para o conseguirmos temos por vezes de colocar travões nas coisas que mais gostamos de fazer. Há um tempo para tudo e há um timing para tudo e é preciso saber desligar o botão quando é necessário. Se estamos sempre com o botão ligado, vai haver algo que vai ficar para trás e arrependemo-nos, mais cedo ou mais tarde. Além de ficarmos com a sensação que não conseguimos fazer nada. E esta sensação, meus amigos... é lixada!!!!

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